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São Rafael,22/11/2024

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Sistema de defesa aérea de Israel passa em mais um teste ao abater ataque de mísseis do Irã; veja como Domo de Ferro e A Seta funcionam

g1.globo.com
Sistema de defesa aérea de Israel passa em mais um teste ao abater ataque de mísseis do Irã; veja como Domo de Ferro e A Seta funcionam
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Foram lançados 180 mísseis contra o território israelense na terça-feira (1º), mas o ataque causou poucos estragos e deixou apenas feridos sem gravidade. Domo de Ferro intercepta míssil disparado pelo Irã perto da mesquita de Al-Aqsa, em Jerusalém, na terça (1º)
Jamal Awad/Reuters
O complexo sistema de defesa aérea de Israel passou por mais um teste ao conseguir abater o recente ataque do Irã, que se torna um novo participante ativo no conflito, que dura quase um ano.
Na investida realizada na noite de terça-feira (1º), foram lançados 180 mísseis contra o território israelense. O ataque fez soar sirenes pelo país todo e levou milhares de israelenses aos abrigos antiaéreos, mas, segundo o governo de Netanyahu, deixou apenas feridos sem gravidade e não houve registro de prédios ou residências atingidos.
👉 O motivo é que a maior parte dos mísseis iranianos foram interceptados ou caíram em áreas abertas. O episódio é mais um exemplo de sucesso do sistema de defesa de Israel, que, no último ano, conseguiu barrar projéteis disparados da Faixa de Gaza, Líbano, Síria, Iraque, Iêmen e Irã.
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Os armamentos empregados por esses países variaram de foguetes de curto alcance e mísseis de médio alcance a mísseis balísticos de longo alcance, como os usados agora pelo Irã.
No ataque de terça, os Estados Unidos e o Reino Unido participaram da operação ajudando a derrubar mísseis. Explosões também foram vistas no céu da Jordânia, apesar de ainda ser incerto quem fez essas interceptações.
No entanto, a maior parte da defesa aérea de Israel tem sido feito pelo próprio país. Ao longo de décadas, os israelenses desenvolveram um sofisticado sistema capaz de detectar ataques e apenas ativar um contra-ataque se os projéteis forem direcionados contra uma área com população ou infraestrutura militar ou civil importante.
Líderes israelenses afirmam que o sistema não tem 100% de eficácia, mas ressaltam o seu mérito em conseguir prevenir danos graves e evitar incontáveis mortes.
Abaixo, veja detalhes de 5 instrumentos do sistema de defesa de Israel:
A Seta (The Arrow)
Veja como funciona o Seta 2, mais um sistema de defesa de Israel
O sistema desenvolvido com os Estados Unidos é desenhado para interceptar mísseis de longo alcance, incluindo os tipos balísticos usados pelo Irã na terça. O sistema The Arrow (A Seta ou A Flecha, em português), que opera fora da atmosfera, também tem sido usada para repelir mísseis de longo alcance lançados do Iêmen, pelo grupo rebelde houthi, que é aliado ao Hamas.
De acordo com o Ministério da Defesa de Israel, o equipamento é composto por duas frentes:
Seta-2 (Arrow-2, em inglês) - que intercepta mísseis de médio a longo alcance
Seta-3 (Arrow-3, em inglês) - que intercepta mísseis de longo alcance
Estilingue de David (David's Sling)
Entenda como funciona "David's Sling", um dos sistemas de defesa de Israel
Também desenvolvido pelos Estados Unidos, o David's Sling (Estilingue de David, em português) é usado para interceptar mísseis de médio alcance, como os do Hezbollah. Ele já foi usado em várias ocasiões ao longo da guerra.
Domo de Ferro (Iron Dome)
Entenda como funciona o "domo de ferro" de Israel
Este sistema, desenvolvido por Israel com o apoio dos EUA, é usado para abater foguetes de curto alcance. O equipamento interceptou milhares de foguetes desde que foi ativado no início da década passada – incluindo os lançados durante o conflito com o Hamas. Israel afirmou que o equipamento tem uma taxa de sucesso superior a 90%.
Quando um ataque é identificado, a tecnologia calcula a trajetória do foguete inimigo e verifica se uma área urbana será bombardeada. O sistema, então, lança um míssil interceptor que explode o artefato inimigo ainda no ar.
E, diferentemente do David’s Sling, a ferramenta é móvel, podendo funcionar e ser instalada em qualquer lugar do país. Além disso, as baterias com os mísseis interceptores podem ser instaladas em veículos militares.
Viga de Ferro (Iron Beam)
Exército de Israel usa "Viga de Ferro", equipamento de defesa do país
Israel está desenvolvendo um novo sistema para interceptar ameaças: um laser e um GPS.
A tecnologia foi projetada para que nuvens mais densas, por exemplo, não impactem o trajeto do equipamento.
Ou seja, o laser atravessará a nuvem. Ao mesmo tempo que, caso perca sinal com a base de Israel, o GPS ainda garantirá que o equipamento chegará no destino.
As Forças de Defesa de Israel afirmaram que a criação de uma ferramenta tão avançada foi muito complexa e levou quase 10 anos para ser desenvolvida e operacionalizada.
Israel também informou que o sistema será um divisor de águas porque é muito mais barato para operar do que os sistemas já existentes.
De acordo com a mídia israelense, o custo de uma interceptação pelo Domo de Ferro é de aproximadamente 50 mil dólares, enquanto outros sistemas custam mais de 2 milhões de dólares por interceptação. Para efeito de comparação, as interceptações da Viga de Ferro deverão custar bem menos.
Patriota
Veja lançamento teste do equipamento "Patriota", realizado em novembro de 2012
A arma, fabricada pelos Estados Unidos, é o equipamento mais antigo do sistema de defesa antimísseis de Israel. O equipamento foi utilizado, por exemplo, durante a Guerra do Golfo, em 1991, para interceptar mísseis Scud, disparados pelo então líder do Iraque, Saddam Hussein.
O sistema agora é usado para abater aeronaves, incluindo drones, a uma distância de 160 km. Quando uma aeronave inimiga ameaça a segurança de Israel, a Força Aérea do país decide como reagir e qual sistema de defesa usar. Se optar pelo Patriota, um grupo militar chamado “Sheinav” assume o controle da operação e ativa o equipamento.
“Embora o sistema Patriot seja um sistema tecnologicamente avançado, ele não pode funcionar sem os seus soldados”, informou a FDI, em nota. “É necessário um ser humano para ativar o sistema, por mais inteligente que seja.”

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